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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

17. Say When - Catching Feelings.

"Bem, me deixe te contar uma história
Sobre uma menina e um menino
Ele se apaixonou por sua melhor amiga
Quando ela está por perto, 
ele não sente nada além de alegria
Mas ela já estava partida
E isso a fez cega
Mas ela nunca poderia acreditar que o amor
Iria tratá-la bem."
- Justin Bieber







Escutei o barulho da porta sendo aberta, e Joe apareceu dizendo que já estava na hora de desligar e resolver o que tinha que ser resolvido. Revirei os olhos e pedi para que esperasse mais um pouco, pois ainda faltava falar com Harry.

- Hm... Niall, será que posso falar com o Harold agora? Joe já está me chamando. Faz mais de meia hora que deixei Liam esperando.
- Sim, ele está aqui pode falar com ele. Estou com saudades, amo você potato. Volte logo para nós.
- Em breve, Nialler. – sorri -. Eu também te amo.
- Olá, . É o Harry! – a voz grave e rouca dele ecoou, e sorri com a formalidade.
- Cachos, como você está? – disse animada.
- Bem, não adianta dizer que estou com saudades porque isso é óbvio, e seria o eufemismo do século. Entendo que a conversa terá que ser breve, pois você tem que voltar para certa pessoa. Todos nós queremos que vocês se resolvam. Você consegue fazer isso , – olhei pra Joe que ainda estava à minha espera – nós acreditamos no seu potencial. Você é forte, já passou por muita coisa. – meus olhos encheram-se de lágrimas. Como em tão pouco tempo ele me conhecia tão bem? – Nós sabemos disso, você sabe disso. – ele disse calmo, respirou fundo, e o seu tom de voz mudou – Então não venha com esse papinho de que não é forte, porque pra mim, isso é conversa pra boi dormir, tá legal? – ele disse mandão.
- Uau, acho que seu nível de testosterona está alto. – ele deu uma gargalhada – Obrigada Harry, mas infelizmente eu tenho que ir. Ligo assim que arrumar um celular novo, já que quebrei o meu, ou ligo desse novamente.
- Tudo bem. Beijos. Amamos você, muito. Nunca se esqueça disso. – Harry disse falando por todos.
- Não vou. Obrigada por tudo, isso vale para todos. Eu amo cada um de vocês. Beijos. – encerrei a chamada.

Eu olhei pro céu negro repleto de estrelas e pedi a Deus força, o suficiente para encarar o que estava por vir.
Olhei para Joe que havia aberto a porta, e eu segui em frente adentrando no meu local de trabalho. Uma porta havia ficado para trás e só faltava mais uma, a porta da cozinha que dava finalmente acesso ao bar, fazendo com que eu tivesse completa visão de Liam sentado numa mesa que ficava de costas para onde eu estava.

Posicionei minhas mãos na porta a fim de empurrá-las mas não consegui. Eu estava com medo, nervosa e insegura. Não importava quantas barreiras eu teria que construir ao meu redor, ou em volta do meu bem mais precioso – coração – sempre teria alguém que iria derrubá-las. E esse alguém, era Liam. Joe, estava logo atrás de mim, repousou sua mão em meu ombro e apertou levemente.

- Eu estou aqui. Sempre vou estar, podemos fazer isso juntos. Você consegue pequena. – olhei para ele brevemente e sorri em forma de agradecimento. Balancei a cabeça pra cima e para baixo, “eu consigo fazer isso, é só uma conversa”. Empurrei última porta e me senti de guarda baixa. Eu mesma havia permitido derrubar os pequenos e resistentes tijolos que ainda sobravam como escudo emocional.

Fui até a cafeteira e peguei o bule já com o café pronto. Abaixo do balcão haviam as bandejas, onde coloquei o bule e uma xícara, açúcar, adoçante e uma pequena colher. Ultrapassei o balcão, peguei a bandeja e fui até a mesa onde Liam estava sentado. Ele tomou uma postura mais ereta e ficou me observando despejar o café no recipiente com as mãos tremulas, ele encostou suas mãos nas minhas, assim que percebeu as atadura e meu nervosismo, rapidamente as puxei. Liam pegou a colher enchendo-a com açúcar, colocou no café e mexeu em seguida.

Eu apenas observava de pé sem saber se deveria sentar. Se sentasse estaria dando a entender que ia dizer sim a nossa conversa, ou se deveria deixá-lo sozinho degustando o café recusando o segundo pedido.

- Você... não vai sentar? – ele falou calmamente, mas cheio de esperança. Apenas aceitei o fato de que estava na hora de pôr um fim nisso, precisávamos esclarecer as coisas. – O que aconteceu com as suas mãos? – ele começou a ficar nervoso e preocupado.
- Acidente na cozinha. – menti.
- Sei quando você está mentindo, ... – suspirei, ele bebericou o café.
- Eu... soquei a parede e me cortei. – coloquei as mãos em cima da mesa e observei as atadura que estavam manchadas devido ao sangue – Joe... queria me levar pro hospital, para cuidarem dos cortes mas eu não... quis ir. – ele pegou minhas mãos e acariciou-as por cima da faixa, mas eu ainda podia sentir seu toque sob elas levemente.
- Por que você me deixou? – ele disse com a voz tremula, como quem estava prestes a chorar. E observava minhas mãos atenciosamente. Tirei minhas mãos das suas e pus em meu colo.
- Você sabe porquê... – eu finalmente, pude olhá-lo sem insegurança – Você não deveria estar em turnê com os meninos? – ele me encarou.
- Acha que eu conseguia me concentrar nas passagens de sons, nos shows, entrevistas? Acha mesmo que eu não queria ter ido atrás de você no segundo em que eu descobri que você foi embora? – ele soltou o choro que estava preso na garganta – Cada dia que se passava era uma agonia. Você não atendia minhas ligações, não respondia minhas mensagens no Twitter. Eu só queria ter você comigo... – ele enxugou as lágrimas, mesmo sendo em vão.
- Eu sempre estive do seu lado Liam, sempre. – ele negou com a cabeça, eu segurei suas mãos e acariciei-as – Eu só não estava do jeito que você queria. Eu disse que precisava de um tempo, não foi fácil pra nenhum de nós.
- Pelo menos você teve um bom ombro amigo. – ele se referiu a Joe em um tom esnobe, sarcástico.
- Joe só soube do que estava acontecendo, ou melhor, soube que aconteceu algo porque voltei de viagem antes do combinado. Fiquei bêbada e acabei contando as coisas por alto. Não sou de contar meus problemas para as pessoas Liam, você sabe disso.
- Vocês estão juntos? – ele olhou-me nos olhos.
- Não. – respondi irritada.
- Por que você me deixou, ? Por que? – ele queria uma explicação, então, ele iria ter.
- Lembra quando estávamos indo jantar depois que eu e os meninos voltamos da quadra? – ele assentiu sem me interromper – Eu já havia sentido aquilo, o medo e a tristeza de saber que ali não era o meu lugar, que não importa o que acontecesse, era ela – Sophia – a quem você iria escolher. Eu não ia pedir que fizesse uma escolha, Liam. Isso não era o certo. Eu sinto quando não me encaixo em um lugar, eu sinto quando tanto faz eu estar ali ou não. Eu já havia passado por isso, e você sabia disso. O que você disse quando entrei no carro? – olhei pra ele triste, com a vista embaraçada, os olhos já cheios de lágrimas.
- Que iríamos conversar quando chegássemos... do jantar. – ele sussurrou.
- E nós conversamos? – dei uma leve risada, a fim de aliviar a tensão.
- Não...
- O que Sophia disse quando eu sai do restaurante? – arqueei uma sobrancelha esperando ouvir a mentira que ela contou pra ele.
- Que... você não estava se sentindo bem. – ele estava acanhado, e eu cheia de uma coragem repentina querendo que nós voltássemos a ser o que éramos antes, dois melhores amigos. Mas estamos na fase de que não estávamos reconhecendo um ao outro, estávamos em um território desconhecido. Eu estava disposta a tentar recomeçar, porque o amava, e não queria perde-lo. Na verdade eu o amo, e não quero perdê-lo.
- Ela não contou a parte que se eu não me afastasse de você, faria questão de tirar você de mim. E olhe só – ergui os ombro e relaxei – ela conseguiu. Esse era o plano dela. – ele se encolheu – No dia que você foi até o meu quarto e cantou pra mim, – eu sorri – eu senti que... não importava o que acontecesse, sempre ficaríamos juntos, que ficaríamos bem. Até no dia seguinte você ter ido com ela ao cinema, e os meninos me distraíram enquanto jogávamos FIFA. Eu percebi que vocês tinham saído, então arrumei minhas coisas e fui embora aproveitando a oportunidade que você não havia voltado.
- Eu tentei voltar o mais rápido que pude ... eu juro. Mas Sophia estava me prendendo no shopping com ela. – ele abaixou a cabeça ao perceber que era essa a verdadeira intuição dela, passar mais tempo com ele, mantê-lo longe de mim o máximo que pudesse.
- Eu sei que você tentou Liam, eu sei. – logo atrás de Liam, Joe estava perto da porta, pronto para ir embora. Ele acenou para mim, me chamando. – Só um minuto, já volto...
- Tudo bem. – ele disse cabisbaixo.

Caminhei em direção a Joe.

- Você já vai? – o abracei.
- Sim – ele beijou o topo da minha cabeça e retribuiu o abraço – ... seja lá o que aconteceu com você e o Liam, deixe isso para trás. Se ele está aqui é porque sente a sua falta, e você também sente saudades dele. Apenas escute o que ele tem pra dizer, tente entender o que ele está sentindo. E depois diga como você está sentindo. – apenas balancei a cabeça confirmando – Você quer que eu fique mais um pouco e te leve pra casa, ou vai com ele? – ele olhou rapidamente pro Liam.
- Eu acho que vou pegar um táxi, não se preocupe.
- Eu sempre vou me preocupar com você, ... Só me prometa que vai ligar quando chegar em casa, por favor. – ele colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha, eu queria tanto chorar.
- Joe... – eu coloquei minhas mãos sobre seu peito e preenchi o vazio das minhas mãos com o tecido da camisa dele, apertando com força, sentindo meus cortes arderem. Eu desabei e ele me envolveu com seus braços.
- Tsc, tsc, tsc... vai dar tudo certo pequena. Vocês vão se resolver... – ele subia e descia com as mãos sobre minhas costas. – Não feche seu coração. Deixe-o aberto. Esqueça a dor, permita sentir as coisas. Se você está com medo, se permita estar com medo. - Eu enxuguei as lágrimas e me recompus aos poucos.
- Eu prometo que vou ligar assim que estiver em casa, pode ir tranquilo. – dei um sorriso amarelo.
- Qualquer coisa , eu disse qualquer coisa, me ligue. Independentemente do que acontecer aqui, me ligue. Se você quiser que eu venha lhe buscar, eu venho. Jack – dono do bar – ainda está acordado lá dentro arrumando as prateleiras e ouvindo os bregas românticos dele... – ele revirou os olhos, e eu sorri imaginando Jack ouvindo músicas românticas enquanto trabalha – Eu tenho que ir. Eu amo você. – ele beijou minha testa e abriu a porta.
- Joe... – ele olhou pra mim – Obrigada. Por tudo. – nós sorrimos – Também amo você. – ele piscou pra mim e foi embora.

Enquanto eu observava Joe se afastar da porta e ir em direção ao seu carro, ele desativou o alarme, abriu a porta jogando a bolsa para dentro do automóvel, olhou pra mim, acenou e vi um belo sorriso em seu rosto. Eu acenei de volta e sorri. Ele entrou no carro e foi embora.
Eu nunca estaria sozinha.

Caminhei de volta em direção a mesa do Liam e sentei-me.

- Desculpe, Joe queria se despedir. – sorri.
- Ele mora muito longe daqui?
- Não, só uma ou duas quadras daqui!
- Eu pensava que você ia pra casa com ele, quando sai do trabalho ou da faculdade.
- Na verdade eu vou, só que como estamos conversando eu disse a ele que eu iria de táxi pra casa. Ele fica preocupado, mas depois ligo pra ele do residencial, já que quebrei meu celular. – fechei os olhos me arrependendo de tê-lo jogado na parede.
- O que aconteceu com seu celular?
- Eu... escutei alguns recados da secretária eletrônica. Fiquei com raiva, então joguei ele na parede e... – mostrei a ele as mãos enfaixadas – soquei a parede. – suspirei.
- Então você ouviu os recados... – ele disse mais para si mesmo do que para mim.
- Sim, eu ouvi alguns. Eu não queria ter deixado você desse jeito, peço que me perdoe. – peguei suas mãos novamente e fiz movimentos giratórios com o polegar sobre elas.
- Você também me perdoa? – ele mordeu os lábios tentando suprir o choro.
- É claro que eu perdoou você, Liam! – ele deixou o choro vir – Você não disse se me perdoa ou não...
- Não tenho que te perdoar. Eu deveria ter confiado em você, foi erro meu. E só percebi isso quando ouvi Sophia falar com alguém pelo telefone que queria te afastar de mim. Mas sim, eu te perdoou. – ele sorriu, enxugou as lágrimas e acariciou as minhas mãos.
- Como assim você ouviu ela dizer isso? – estreitei os olhos.
- Quando você foi embora, eu dormi no seu quarto... Na manhã seguinte quando fui para o cômodo em que eu dividia com a Sophia, antes de abrir a porta eu pude sentir o entusiasmo dela ao dizer que você tinha partido e que eu era só dela.
- Uau. – eu estava surpresa.
- Eu acabei o namoro e... pedi para que Paul levasse ela ao aeroporto. Não falei com ela desde então. E nem quero.
- Sinto muito. Eu sei o quanto você gostava dela. – apertei levemente suas mãos e ele assentiu. – Por quanto tempo você vai ficar aqui? – eu intercalava os olhares entre seus olhos e nossas mãos juntas.
- Como já é madrugada, – ele olhou o relógio que estava no pulso – vou embora depois de amanhã.
- Onde você vai dormir?
- Ainda não sei. – ele deu uma risada, eu balancei a cabeça não acreditando nisso e sorri. Nos olhamos por breves segundos. – É bom estar de volta. – ele beijou cada uma de minhas mãos.
- Pode dormir lá em casa se quiser, tem espaço de sobra. E tenho certeza que mamãe vai adorar ver você. – rapidamente pensei na reação que minha mãe faria ao ver o Liam lá em casa.
- Tudo bem.
- Como você está lidando com o término do namoro?
- Desde que acabou eu não tenho pensado muito sobre isso. Eu só... pensava em você! – balancei a cabeça afirmando, eu fiquei balançada com aquele comentário – Conselhos de garotas são diferentes dos que nós garotos damos. Eu me afastei dos meninos, ficava sozinho... ligava pra você com número restrito, me desculpe por isso, era a única maneira de ouvir a sua voz. Era tudo o que eu precisava.
- Então... o choro era seu.
- Sim, me desculpe.
- Tudo bem. Joe tentava enfiar isso na minha cabeça, mas você sabe como eu sou. – sorri. Era bom ter as coisas voltando ao normal. – Tenho que arrumar minhas coisas, está ficando tarde.
- São quase quatro horas da manhã. É melhor ir logo, essa cidade é estranha e frienta.
- Estamos no Reino Unido, Liam. – revirei os olhos, rindo. Claro que seria frio.
- Sim, mas... sei lá. Não gosto daqui, você poderia morar comigo em Londres. É mais perto da sua faculdade.
- Não quero ficar sozinha naquele casarão, Liam. Você passa muito tempo viajando, e quando volta de turnê só fica em casa por pouco tempo. Gosto da agitação de Londres, e agradeço seu convite, mas gosto da calmaria de Holloway, é perto da casa de mamãe, divido apartamento com Gabriela e trabalho aqui.
- Tudo bem, se é assim que você quer! – ele ergueu as mãos.
- Vou falar com Jack e pegar minhas coisas. Ai podemos ir, tudo bem? – arqueei uma das sobrancelhas.
- Por mim tudo bem. – ele beijou minhas mãos e fui em direção à cozinha, já procurando por Jack.

Uma melodia suave e relaxante do saxofone ia de encontro aos meus ouvidos enquanto andava entre as prateleiras. Pude ouvir alguém cantarolar junto com o cantor a letra da música, a qual era um clássico das antigas. E eu adorava aquela música, Careless Whisper, de George Michael. Jack se mexia de um lado pro outro lentamente enquanto a melodia se estendia, eu o observei com um sorriso idiota do rosto, por nunca ter visto ele dessa maneira.

- Posso acompanhar você na dança se quiser... – eu disse, e ele se virou bruscamente em minha direção assustado, depois sua feição suavizou-se quando viu que era eu.
- Você me assustou, . – ele estendeu uma mão em minha direção e eu a segurei indo de encontro ao seu corpo. Ele viu minhas mãos enfaixadas e franziu a testa. – O que aconteceu com suas mãos? – ele me guiava no ritmo da música.
- Eu precisava descontar minha raiva em algo. – dei de ombros.
- E em quê você descontou sua raiva? – ele me rodopiou, e eu sorri.
- Parede. – eu sorri mais ainda lembrando da cena que no momento foi estressante, mas agora, passou a ser engraçado.
- Então você é das duronas! – ele se afastou de mim para me observar e sorriu.
- Você não faz ideia, chefe. – dei leves tapinhas em seu ombro, onde minha mão esquerda estava apoiada.


[...]

– LIAM NARRANDO –

Assim que entrou na cozinha a procura do chefe, fiquei esperando sentado e encostei os cotovelos no balcão. Fiquei olhando para os lados, até avistar uma caixa de música antiga, onde depositava-se uma moeda e ela automaticamente escolhia uma canção para tocar. Caminhei até lá coloquei uma moeda. O som da guitarra country ecoou pelo bar, mostrando no pequeno visor o nome da música She’s Everything, do Brad Paisley, eu pude relaxar e apreciar a música andando de volta pro balcão.

Passei os olhos pelas garrafas de bebidas que estavam organizadas lado a lado em enormes prateleiras. E avistei a revista que eu e minha melhor amiga estávamos juntos na capa, e a ansiedade de pegá-la cresceu dentro de mim. Levantei-me do banco que estava, passei pelo enorme móvel de madeira sem fazer barulho e peguei a revista, já começando a folheá-la. Na página 16 estava a matéria com diversas fotos do dia em que foi para Los Angeles.

A foto em que estava estampada na capa era uma de minhas favoritas. Foi a foto que um paparazzi capturou num momento de pura descontração. Fomos a um parque num sábado ensolarado e aproveitamos o máximo que pudemos juntos. Nesse dia, ela comeu dois cachorros-quentes, um saco de pipoca e nunca abrindo mão do sorvete de creme com calda de chocolate. Foi o dia mais divertido em toda a minha vida. Eu comecei a rir sozinho ao recordar esse dia.

nunca impôs restrição em nossa amizade. Ela sempre foi sincera comigo mesmo sabendo se iria me magoar ou não. Me protegia mesmo sendo mais nova que eu, como se fosse uma mãe cuidando dos filhos. Me chamava de idiota e batia-me no ombro de leve, que de acordo com ela, era uma maneira de dizer que me amava. O que tal ato me fazia sorrir.

Eu estando a observar as fotos, vi que perdi toda a diversão. O jogo deles na quadra, eles jogaram FIFA enquanto Sophia me prendia no shopping, me afastando de . Queria ter feito parte do time dela e ter ganho um abraço após ela ou alguém da equipe ter feito um gol atrás do outro. Eu perdi toda a diversão porque ela não era a minha namorada. As fotos dela pegando um táxi para ir embora me deixaram triste, pois me fizeram pensar que eu poderia ter evitado meses de sofrimento entre mim e ela. Eu fechei a revista e encarei a foto da capa.

Eu não estava a vendo como minha melhor amiga. Eu a via como a garota que eu amo. A garota que eu queria ter pra sempre em meus braços e poder chama-la de minha. Foi ai que eu percebi, eu a queria mais do que qualquer coisa nesse mundo. E iria lutar para isso pudesse acontecer custe, o que custar.

Levantei-me do banco onde estava e me afastei um pouco, procurando meu celular já ligando para Zayn. Ele atendeu ao segundo toque.

- Liam, como você está? Já conversou com ela? te perdoou? Você já disse que gosta dela? – ele disparou uma pergunta atrás da outra.
- Calma, Zayn. – sorri – Eu estou bem, nervoso mas bem. Sim, já conversei com ela e ambos estão perdoados. E não, eu ainda não disse. – respondi todas as suas perguntas.
- Onde você está? Que música é essa? – uma música dos Anos 70 estava tocando.
- Estou no bar. – disse olhando a rua que estava vazia.
- Bebendo? – ele elevou o tom de voz.
- Não. Estou esperando pegar as coisas dela e irmos pra casa.
- Você vai dormir na casa dela? – ele perguntou surpreso.
- Sim, ela disse que não há problema, então estou a esperando. Tenho que falar sobre aquele assunto com ela, ainda. – falei sussurrando ao lembrar que ela poderia aparecer a qualquer momento.
- Vai dar tudo certo. Os meninos e eu falamos com ela mais cedo, antes de vocês terem conversado. Louis quase chorou quando estava falando com ela ao telefone, ficamos muito aflitos até você ligar dizendo que se resolveram.
- Por que Louis quase chorou? – franzi a testa e vi o meu reflexo no vidro da porta.
- Ela passou quase dois meses sem falar com a gente, deixávamos recado na secretária eletrônica assim como você, mas ela não retornava nossas ligações. Começamos a pensar que ela não queria mais falar com a gente. Quando ela me ligou, Louis começou a andar de um lado pro outro querendo novidades, tomou o celular da minha mão e falou com ela, implorando para que não se afastasse de você nem de nós.
- Entendi. Avise a todos que já conversamos e estamos nos entendendo aos poucos. Não quero forçar a barra, fui paciente por três meses, ou tentei ser, se ela precisar de alguns dias a mais não me irão me matar. – suspirei. – Eu acabei de ver a revista aqui... ela deve ter lido.
- Você acha que isso a deixou chateada?
- Não sei, ela não comentou nada sobre o assunto. Zayn... – eu sorri feito um adolescente de quinze anos ao descobrir que estava apaixonado.
- O quê?
- Eu estou mesmo gostando dela! – disse sorrindo.
- Ótimo. Então diga a ela. – como se fosse fácil.
- E se ela não sentir o mesmo? – perguntei inseguro e com medo.
- E se ela sentir o mesmo? Já pensou nessa hipótese?
- Não... – por alguns segundos pensei se ela tinha os mesmos sentimentos por mim.
- Ela me ensinou a pensar assim. Sempre tem o outro lado da história, cabe a você descobrir. Não tenha medo de tentar, Liam. Pelo menos você não vai ficar pensando... “eu deveria ter tentado fazer isso”, “eu deveria ter tentado fazer aquilo”. Apenas faça. – respirei fundo.
- Tudo bem. – falei baixinho, reunindo coragem que me faltava.

[...]

– VOCÊ NARRANDO –


- Liam... está aqui.
- Aqui? No bar? – balancei a cabeça afirmando – Você já conversou com ele? – agora uma outra música tinha começado, The Lady in Red, de Chris de Burg. Eu fiquei surpresa com seu gosto musical, mas continuamos dançando.
- Não sabia que você gostava desse gênero musical... – franzi a testa, e ele soltou uma gargalhada me levando junto.
- Sou um velho romântico, minha querida . – foi a minha fez de soltar uma gargalhada, por ele ter se chamado de velho.
- Você não é velho, Jack! – encostei meu queixo em seu ombro. – Enfim, nós conversamos. Estamos nos resolvendo aos poucos, mas sinto que temos alguma coisa pra confessar. Tenho sentimentos por ele. – ele se afastou e olhou-me seriamente.
- Que sentimento seria esse? – ele me rodou novamente e pôs a mão em minhas costas, nos balançando enquanto ele sussurrava a canção ainda atento as minhas palavras.
- Acho que estou afim dele... – suspirei. – Não quero que isso acabe com a nossa amizade.
- Você não sabe se ele sente o mesmo. – agora foi a minha vez de girar ele pelo ar conforme a música, nos aproximamos novamente. – Se você acha que é melhor contar as coisas pra ele, conte. Ambos podem entrar em um acordo . Não esses acordos que empresários fazem. – ele revirou os olhos – O que estou querendo dizer é que vocês podem achar métodos que dêem certo para vocês dois.
- Acha que ele sente algo por mim? – eu o observei cautelosamente.
- Só ele sabe, minha cara. – ele beijou minha testa assim que a música acabou. Ele desligou o rádio e se virou para mim. – Mas o que você está fazendo aqui a essa hora?
- Vim pegar minhas coisas e avisar que já estou indo. Afinal, já está tarde e Liam vai dormir lá hoje.
- Quanto tempo ele vai passar aqui?
- Apenas dois dias. – peguei minha bolsa e desamarrei o avental de minha cintura.
- Hum... – disse ele balançando a cabeça – Vamos, está na hora de fechar o bar.

Jack me acompanhou até o balcão, e em cima dele estava a revista que eu e Liam saímos na capa. Ele se encontrava de pé, perto da porta falando com alguém pelo telefone. Ao passarmos pela pequena passagem do balcão, Jack deixou a tampa cair bruscamente fazendo ecoar pelo bar o barulho que a madeira fez ao bater na outra. Liam virou rapidamente, silabou algumas palavras e encerrou a ligação. E veio em minha direção e a de Jack.

- Que ligou a caixa de música? – Jack perguntou olhando pra mim.
- Eu. Me desculpe. – disse Liam.
- Você deve ser o Liam. – Jack disse pensativo.
- Sim, sou eu. – Liam estendeu a mão para cumprimentar Jack, ele olhou pra mim e para a mão estendida pensando em apertá-la.
- É finalmente um prazer conhece-lo. – Jack apertou a mão de Liam, e sorriu sem mostrar os dentes. – Bom, se vocês não se importam... eu tenho que fechar o bar. Já está tarde.
- Você já pegou suas coisas? – Liam olhou pra mim e sorriu.
- Ah, sim. – falei ajeitando a alça da bolsa que estava no meu ombro.

Jack colocou os olhos em nós dois e balançou a cabeça.

- Bom... – suspirei – vamos indo. Tchau Jack, até amanhã. – lhe dei um abraço.
- Não precisa vir hoje, tire alguns dias de folga. Você está precisando... Esses meses não tem sido fáceis pra você, e creio que Liam está aqui para isso não é? – ele olhou para Liam.
- Sim, senhor. – Liam respondeu firme e olhou pra mim.
- Tem certeza?
- Absoluta. – ele encarou Liam, isso está sendo tão estranho.

Jack caminhou até a porta do bar e abriu nos dando passagem para a rua vazia e fria que se encontrava lá fora. Quando eu e Liam estávamos na calçada, Jack, que estava a soleira da porta gritou meu nome.

- ! – eu virei rapidamente – Aquela pergunta que você me fez, – eu pensei de que pergunta ele estava falando – a resposta é sim! – ele olhou pra Liam e fechou a porta do bar.
- De que pergunta ele estava falando? – Liam franziu a testa.
- Nada demais. – eu ainda encarava o bar a minha frente. “Acha que ele sente algo por mim?”, “Só ele sabe, minha cara”. Agora eu entendi porque Jack o olhava tanto.
Quando sai de transe eu olhei Liam que estava ao meu lado atônito e tenso. De acordo com Jack, ele tinha sentimentos por mim assim, como eu tenho por ele.





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Nota da autora: Hello, hello. Desculpe pela demora mas aqui está o tão esperado capítulo. Demorei pra postar por causa da correria da viagem e o fuso horário não colabora e minha tia fica me entupindo de comida!!! Espero que tenham gostado. Só faltam mais dois capítulos para o fim da estória. E sobre A Casual Sex - fic com o Zayn - vou postar no Wattpad. Vamos aos agradecimentos.

- Gabi, morro de rir com o teu desespero skljdbhklsahdlgdweugd sério!!! Desculpa akjshdkugdeyegf
- Mariana, melhorar é sempre bom. Desculpa a demora, beijos.
- Andreza, eu dividi o capítulo porque ia acabar ficando muito grande. Espero que tenha superado as suas expectativas.
- Lah minha linda amiga do coração, espero que você não tenha morrido akjdshkswagedkwuef desculpa. ♥
- Clarissa, é claro que pode me chamar de Ali. Fico feliz que tenham gostado.
- Jordana, eu te amo também gataaa. Aprecio o carinho. Você vai ler a fic com o Malik?
- Karoline, espero que tenha gostado e superado suas expectativas.

9 comentários:

  1. U_U sem a agradecimentos pra Isadora né? Ok , é assim.Vamos pro que importa que é o capítulo, Que está maravilhoso, Liam sendo Liam cute e eu simplesmente morri de amores pelo Jack que foi muito fofo . 💖💖 SN rodiada de homens legais e amáveis.

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  2. Aline estou simplesmente...apaixonada S2 meu deus Aline é a melhor fic ever e sim, eu te desculpo anjo! Graças a deus ainda to viva, só pra te apressar no grupo e nos comentários mesmo bjuuuss te amooo

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  3. Sim você conseguiu superar minhas expectativas nesse capítulo. Eu amo a forma como o Liam é totalmente fofo. E tenho certeza que o próximo vai ser mais incrível, emocionante . E mais uma vez vc escreve muito bem.

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  4. Que fofo Ali, amei haha! Sobre as coisas que eu falo no grupo deu pra ver que sou meia doida!

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  5. Linda maravilhoso esse cap,n demora p o outro to mt ansiosa,e a fic do zayn me manda no whats qnd vc publicar no wattpad,pq n sei mexer naquele troço da internet,pq n tenh o app,te desculpo pela demora

    bjss linda

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  6. É bom rir do desespero alheio né? E você tirou a outra parte, DE NOVO! Não to aguentando mais isso, essa espera agonizante... Ai Deus, me de forças.

    Posta logo o próximo tá?! Amo você ❤

    Gabii

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  7. Amr da minha vida esse cap ta na minha lista de preferidos. Demoro mais saiu kkkk. Claro q eu vo lê a c o Malik Gostoso. Bjoo

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  8. Con certeza superou as minhas expectativas, sua fic entrou na minha listinha de fics que vou guardar pra sempre no core. Posta outro logo, viu? beijos x

    xxKaroline

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  9. oiii esta conta n é minha e sim do meu irmao entao vou ser breve
    amo seus imagines e tb escrevo mas n quero criar um blog se quiser dar uma olhada nos meus imagines fale com esse numero 11 948438615

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