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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

The Ballerina - capítulo vinte e seis


- Não acredito que minha filha além de estar a fazer 18 anos, finalmente arrumou alguém. – as palavras de minha mãe fazem com que os convidados riam e eu ruborize em constrangimento. – Eu juro, já estava a pensar que não teria netos.
- Mãe.... Vamos com calma. – digo escondendo meu rosto entre o pescoço de Niall.
Ainda não estava a acreditar que aceitei o pedido de Niall, o olhar penetrante de Zayn sobre mim me arrepiar e me faz temer minha escolha em longos momentos da noite. Mas sempre que viro meu rosto e vejo Niall ao meu lado com seus olhos azuis ainda mais belo que de costume e um sorriso de felicidade que me contagia, faz com que eu esqueça, por um breve momento, a existência de Zayn e esse sentimento indecifrável que sinto pelo mesmo.
- Você quer tomar algo? – Niall sussurra para mim e confirmo com a cabeça, o mesmo tira suas mãos que estavam envoltas de meu quadril e se retira por um momento para pegar alguma bebida.

Observo a minha volta, em momento algum cogitei que meus amigos fariam uma festa surpresa, a música estava a ser agradável e nem tão alta, e vejo , a mesma estava afastada de todos encostada no corrimão da escada, parecia longe em pensamentos e abalada, a mesma ainda não superou o fim de seu relacionamento com Zayn, estar a ser bem difícil.
Decido me aproximar dela, quando a mesma nota minha presença força um sorriso e sussurra mais uma vez ‘feliz aniversário’, eu suspiro fundo e me aproximo dela lhe dando um abraço apertando.
- Está na hora de ir se divertir.
- Se divertir? Diz-me como! – ela deixa seu ombro cair em frustração. – Zayn estar a me ignorar desde que chegou, ele nem olha para mim. Merda! O que aconteceu com o amor que ele sentia por mim? Isso me deixa louca e furiosa. E nem Matt... Ele não sai de perto de Tessa, não sabe quando a deio.
Arqueio uma sobrancelha com suas palavras.
- Está com ciúmes da Tessa? – questiono enquanto procuro pelo casal e vejo os dois dançando enquanto ela rir de algo provavelmente dito por ele.
- Não! Claro que não, e não repta isso, tal assunto foi motivo de Zayn terminar comigo. Mas quando Zayn não esta por perto e Matt sim eu gosto de chateá-lo e nem isso o posso fazer. – ela faz bico como se lamentasse. – E agora eu tenho Zayn perto, mas ao mesmo tempo tão longe e nem posso me entreter chateado o Matt.
- Só você para dizer tal coisa. – digo a rir brevemente.
- Não vamos falar sobre mim, odeio quando o foco são meus sentimentos, e odeio ainda mais o fato de estar obvio o que estou sentindo. Mas então, porque não me contou sobre seu lance com Niall? – ela toma um pouco de uma bebida que segurava desde que cheguei, seu olhar é questionador com uma sobrancelha arqueada brevemente.
- Bem... Não sabia se daria certo, estávamos vendo se podia dar até oficializar.
- Mas é claro que daria certo , vocês fazem um belo casal.
- Quem faz um belo casal? – assusto-me ao ouvir a voz de Niall atrás de mim e me viro para o ver segurando dois copos a qual um é estendido para mim.
- Vocês dois. – diz sorrindo verdadeiramente, o que tem sido raro ultimamente.
- Eu vou realmente concordar com isso. – ele diz e eu tomo um pouco de minha bebida e confirmo com a cabeça. – é meia durona, resistiu demais a mim, já estava pensando que ficaríamos apenas amigos mesmo.
- Niall entenda, chegaria um momento que ela não resistiria ao seu charme. – dá uma piscadela e eu solto uma gargalhada. – Então... Estão todos namorando menos eu?
- Calma , Zayn vai se arrepender e vai voltar para você, ele te ama. – Niall fala com convicção e ela confirma com a cabeça.
- Gosto de pensar que sim.
- Hm... Não estou acreditando nisso. – digo e tento controlar minha risada ao ver no centro da sala minha mãe dançando com .
As duas sempre se deram muito bem, na verdade minha mãe se dar bem com todas as minhas amizades, apesar de eu não ter muitas, talvez seja exatamente por isso, eu sei escolher bem quem ter como amigos.

- Você devia ir para lá e se divertir como todos.
- A aniversariante aqui é você, então quem deve ir é você.
- Você é tão chata.
- Olha quem fala né ?
- Não sou chata. – ligo lhe mostrando a língua.
- Que criança, acaba de fazer 18 e age assim.
- Engraçadinha você em. – digo cruzando os braços.
- Ok... Eu vou sair, vou ver se o Zayn conversa comigo, deseje-me sorte.
- Não será preciso. – sorrio para a mesma que retribuir e logo se distância de nós.
- Ela realmente o ama. – Niall comenta envolvendo um de seus braços a minha volta. – Mais cedo ou mais tarde Zayn vai se arrepender do que estar fazendo, porque ele também a ama. é a única pessoa que consegue o entender, e a única garota por quem ele realmente se apaixonou. Ele antes pegava qualquer uma nas raras vezes que saia com a gente, ele é fechado e prefere ficar em casa, ela foi a única garota que ele deixou entrar em sua vida, ele não vai conseguir ficar tanto tempo longe dela. – tal descoberta me deixa um tanto surpresa.
- Hm... ele também faz muito bem a ela, porque ela é a versão feminina dele.
- Casal perfeito não?
- Exatamente. – concluo enquanto observo chegar finalmente até Zayn e após dizer poucas palavras ambos saírem juntos para fora.
- ... – ouço uma voz feminina que faz eu e Niall nos virar. – Er... Parabéns, eu estava meio insegura de vim aqui porque não nos falamos tanto, mas George fez questão. A jade também disse que tentou falar com você mas não conseguia e infelizmente ela não pode vim, mas queria deixar claro que te deseja um grande parabéns. Não sou muito boa com palavras... Na verdade acho que não sou muito bem com pessoas.  
- Obrigada. – sorrio ao ver que ela tenta sorrir e acaba ficando constrangida. Eu realmente não espera por sua presença.
- Então é isso... Já estou de saída. – ela vira-se, mas George que a todo o momento esteve ao seu lado a puxa de volta.
- Calma Dakota, eu ainda não a parabenizei. – ela suspira enquanto ele sorrir e se aproxima mais de mim e faz com que Niall se afaste e me possa abraçar. – Parabéns, eu espero que ainda possa termos a oportunidade de nos aproximarmos mais. Nunca da para conversarmos muito, e não ligue para o jeito de Dakota, estou fazendo com que ela seja mais social com as pessoas ao seu redor e menos insuportável.
- Hey! – pela primeira vez vejo Dakota a dar um sorriso verdadeiro enquanto bate no namorado.
- Queria ficar mais, mas temos que ir.
- Tudo bem, obrigada por terem vindo. – sorrio enquanto Niall volta ao meu lado e dá um breve aceno para George e eles saem em seguida.
- Estar a ser uma longa noite.
- Verdade... E seu pai estar me chamando. – sorrio quando ele faz uma cara de pavor enquanto meu pai o chama. – Devo me sentir intimidado?
- Claro que não. – o empurro divertida para longe e ele rir indo em direção ao meu pai me deixando sozinho.
Minha bebida já tinha acabado e acabo indo a cozinha para a jogar fora.

P.O.V.
- Tira-me daqui. – são minhas únicas palavras e Zayn vira seu rosto me olhando com cautela. – Por favor.
- Tudo bem, vamos dá uma volta. – ele começa a caminha na minha frente e eu o acompanha logo ao seu alcance, até chegarmos em seu carro, ele abre a porta para mim e eu entro encolhida em minha roupa e ele logo em seguida.
Ele não diz uma única palavra e apenas começa a dirigir para longe de minha casa aonde possamos ficar ações e sem nenhuma intromissão. 
O silencio entre nós chega a ser assustador e algo totalmente novo. Não sabia o que dizer, mas tinha tanto o que dizer, era totalmente confuso.
Finalmente algo é dito, chega a ser surpreendente por ser por ele e não por mim.
- Você está bem?
- Aparento estar? – não queria que soasse rude, mas sei que soou, como também sei que ele está acostumado e apenas da de ombro enquanto para no sinal vermelho.- Desculpa.
- Tudo bem. - ele diz com sua atenção totalmente focada no transito. Eu suspiro fundo e minhas mãos apoiadas em minhas cochas as apertam enquanto crio coragem de o dizer algo.
- Bem... Eu não aguento.
- O que?
- Ficar sem você. – o clima entre nós fica mais tenso e ele aproveitando que o carro ainda está parado por culpa do trafego, vira para mim e me olha com atenção e afeto, mas não vejo o brilho de amor em seu olhar e isso dói tanto que chega a ser físico. – Você é a única pessoa que me entende e me aceita como realmente sou. E viver sem você e toda a atenção e carinho que me dá é torturante, eu não vou aguentar, já não estou aguentando mais. Então, por favor, me desculpa.
- Se tem alguém que precisa pedir perdão sou eu, disse-te palavras duras de se ouvir, mas foi coisa de momento. Os ciúmes e a raiva tinha tomado conta de mim.
- Eu entendo, doeu ouvir aquilo de sua boca, mas eu entendo.
- Você não tem que entender, eu não devia ter dito aquilo... Mas tem algo a mais que preciso te pedir perdão. – estava apreensiva sem entender, mas ele estaciona o carro e eu olho a minha vida constatando que estamos no Hyde park. Pelo horário são poucas as pessoas aqui, mas suas palavras a seguir me chocam. – Eu não posso continuar com você, nós não podemos voltar.
- Co... Como? – minha cabeça parecia ter girado e eu não conseguia compreender.
- Não tem nada em relação ao que aconteceu, eu apenas não posso continuar com isso. Somos iguais demais para dá certo.
- O que? Por.. Porque isso agora? Deu certo todo esse tempo e podemos fazer dar por muito mais tempo.
- Mas eu não posso fazer isso com você, sou eu que já não quer mais.
Respiro fundo e fecho os olhos tentando me conter, mas não consigo e deixo minhas lagrimas escorrer. Foram poucas as vezes que chorei na vida, mas ultimamente tenho feito tanto que á me acostumei a sentir as lagrimas escorrer, meu rosto úmido e ouvir meu fungado, para no dia seguinte me ver com intensas olheiras.
Eu era incapaz de aceitar suas palavras, de aceitar que ele desiste de nós, que ele desista de mim.
No momento seguinte eu estava em seu colo, eu olhava em seu intenso olhos castanhos e ele levou suas mãos para enxugar minhas lagrimas. Eu não queria dizer nada, ate porque não sabia o que dizer naquele momento, só queria o mostrar que damos certo, o fazer sentir a conectividade e amor que há entre nós.
- Eu sei que você me ama. – digo com seus lábios a centímetros do seu. – Então, por favor, não repita mais isso.
- Eu sinto muito, mas... – eu não o deixa finalizar e junto seus lábios aos meus em beijo totalmente desesperado e sedento, mas não dura muito, ele logo nos afasta e eu o olho totalmente surpresa.
- Zayn...
- Desculpa...  Realmente não dá. – olho em seus olhos em busca de respostas para perguntas que nem eu mesma sei sem paciência de formulá-las, estava ainda sem acreditar no que ouvia, era como seu amor por mim tivesse chego ao fim, e só então eu entendo o que se passa.
- Quem é ela?
- O que?!
- Quem é a garota por qual se apaixonou. 
- Quem é a garota por qual se apaixonou?
- Não tem nenhuma garota.
- Zayn eu te conheço melhor do que ninguém. Então me diz, quem é ela? – ele suspira fundo e suas mãos vão até meu rosto onde ele acaricia enquanto olha em meus olhos.
- Você é linda, e eu te amo muito. Sei que não vai demorar para se apaixonar novamente, você é uma morena linda que chama atenção de qualquer garoto. Mas não há outra garota em jogo, eu apenas não te amo o suficiente para ficar com você.
- Eu não quero outra pessoa, quero você... Apenas você. – ele enxuga minhas lagrimas e aproximo meus lábios no seu e o beijo. Não há nenhuma pressa em nossos lábios, era um beijo tão lento e apaixonado que me fazia se questionar como ele quer terminar com isso, com nós. E ele pode negar como for, sei que a outra no meio disso tudo, como também sei que isso será algo passageiro, é a mim que ele ama e mais cedo ou mais tarde ele voltará para mim.
- Você sabe que eu te amo, não sabe? – ele sussurra em meu ouvido e sua voz é grossa e me arrepia.
- Sei... E é por isso que devemos ficar juntos. – levo minhas mãos a seus cabelos negros e os puxos enquanto suas mãos deslizavam por minhas cochas. O calor estava crescendo dentro do carro e eu apenas queria sentir seu toque como forma de dependência, que ambos precisamos disso.
- É melhor pararmos. – ele afasta de mim, mas eu puxo seu rosto de volta.
- Não, por favor, preciso de você.
- Assim você está tornando as coisas mais difícil.
- Fica comigo... Por favor.
- Vamos ... Vou te levar para casa. - desisto e apoio minha cabeça em seu ombro sem me importar de estar chorando. Ele começa a afagar meus cabelos enquanto apenas ouvimos meu soluço. - É difícil lidar com a situação te vendo chorar.
- É que... Fui idiota ao ponto de saber que nunca teriamos um fim.
Ouvimos batidas na janela do carro e Zayn abaixa o mesmo enquanto enxugo as minhas lagrimas.
- Está tudo bem ai. - a voz é grave e me viro vendo um policial. - Vocês não podem fazer isso aqui... Está bem garota?
- Sim. - ajeito-me e saio do colo de Zayn enquanto ele pede desculpa ao policial e diz que está de saída. O mesmo ainda insiste perguntando se precisamos de algo e se eu estou bem pelo fato de estar chorando.
- Está tudo bem... Nós já vamos para casa. - forço um sorriso e ele se convence nos deixando ações.
- Meio ridículo dizer isso agora, mas podemos ser amigos, não?
- Só... Só me leva para casa, por favor.
O silencio se estala entre nós enquanto ele dirige de volta a minha casa, estava encostada na janela do carro tentando conter algumas lagrimas, mas estava difícil. Tento conter as lagrimas, mas não consigo, mas instantaneamente o enxugo. Zayn tenta pousar sua mão em minha cocha em forma de carinho, mas eu me afasto.
Nada me tira na cabeça que ele conheceu alguém, e eu preciso descobrir quem é essa garota.
Quando menos espero ele já está estacionando enfrente a minha casa, não digo nada, apenas abro a porta e saio sem dizer uma única palavra.
- ... – o ignorando eu continuo caminhando, respiro fundo antes de abrir a porta de casa sabendo que vou me deparar com todos os meus amigos, péssimo momento para uma festa, mas merecia.
Criando coragem eu finalmente abro a porta, para a minha maldita sorte todos olharam para mim, ao menos eram menos pessoas que agora estavam.
- ...- me chama, mas eu ignoro e vou em direção as escadas subindo sem me importar com ninguém, eu deveria ser a garota de sempre, que não se importa com nada e não sente nada, que nesse momento estaria mandando Zayn se foder e se esquecendo dele, apesar de eu não estar conseguindo, eu tenho de voltar a ser essa pessoa.
- Agora não , eu preciso ficar sozinha.

P.O.V.
Assim que a vi entrar em casa soube que as coisas entre ela e Zayn não se acertaram, eu tento ir até ela e conversar com a mesma, mas ela pede um momento sozinha e logo sei que ela realmente está precisando disso.
- O que aconteceu com ela? – pergunta preocupada e eu suspiro e passo as mãos em meus cabelos, ótima forma de terminar um aniversário.
- Eu preciso falar com Zayn. – são minhas palavras antes de sair de casa na esperança de o encontrar.
Agradeço mentalmente por ninguém vim atrás de mim, principalmente Niall, eu precisava de um momento apenas com Zayn. A culpa de ver assim está me matando, e eu não vou descansar enquanto não fazer algo que resolva essa situação de vez.
Agradeço mentalmente assim que vejo Zayn sentado no asfalto com um cigarro na boca, a algo nele que o deixa tão sexy assim que chega a ser torturante e tão excitante. Mas eu abano a cabeça afastando tais pensamento e o chamo. Instantaneamente ele vira seu rosto em minha direção e um sorriso de canto surge em seus lábios.
- Diz-me Zayn, porque? – meus braços estão cruzados e minhas expressões são de irritada enquanto estou à sua frente.
Ele fecha seus olhos e o sorriso permanece enquanto ele salta a maldita fumaça de seu cigarro.
- Você mais que ninguém sabe o porquê. – ele diz enquanto joga o cigarro e esmaga com os pés para em seguida está em pé a minha frente.
- Quando vai perceber que isso nunca vai acontecer?
- Nunca é uma palavra muito forte para se referir a nós, principalmente quando ambos sabemos que somos fracos para resistir o que estamos sentindo. –e ele se aproxima e envolve suas mãos em meu quadril, me deixando tão tensa.
- Não sou fraca, e... E eu estou com o seu melhor amigo agora.
- Você em hipótese alguma devia ter feito isso. Eu não vou trair meu amigo.
- Muito menos eu a minha amiga e a ele.
- E é por isso... – ele toca meu queixo enquanto se aproxima, eu engulo em seco incapaz de me afastar, esse é o efeito dele em mim. – Você vai terminar com ele do mesmo modo que terminei com ela.
- Não! Você vai voltar para ela.
- Isso não vai acontecer.
- Ok, isso que acabou de dizer também não vai acontecer.
- Veremos.

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