- Olha quem resolveu aparecer. –
digo ao ver Emma adentrar o apartamento com o maior sorriso no mundo, logo sei
o motivo. – Sexo?
Seu rosto
ruboriza imediatamente e eu sorrio sabendo que estou certa e me questiono o que
ela ainda faz nesse mundo, dessa forma nem parece que ela trabalha em um clube
de prostituição.
- ... Ele é incrível. – ela suspira
se jogando no outro sofá, seus cabelos castanhos estão presos de uma forma meio
bagunçada, sua rouba totalmente amaçada, mas mesmo assim o sorriso brilha em
seu rosto, da mesma forma que seu olhar apaixonado.
- Posso imaginar... Ele te propôs
uma noite maravilhosa em? para voltar no outro dia e a essa hora. – olho a hora
em meu celular constatando ser 15h.
- Foi que... Quando acordamos
acabou rolando de novo e ainda almoçamos juntos, para depois rolar de novo e
depois ficarmos de bobeira.
- E não cansa não? – digo um
tanto risonha e ela esconde seu rosto com uma almofada.
- Claro que sim... Mas o desejo
era maior e sempre queríamos mais.
- Emma... mas... ele não é
casado? – minha pergunta soa baixa e cautelosa, pelo jeito que ela está sei que
está ‘apaixonada’ e não quero que se machuque. Estamos no mesmo barco apaixonadas
por homens casados, mas Emma é fraca para paixão, já eu sou forte e sei encarar
isso sem me machucar.
- Bem... Ela o traio, e ele ainda
a ama, estou ciente disso. Assim quando cheguei ao hotel conversamos bastante,
estava até ficando frustrada achando que novamente não iria acontecer nada. Até
que o clima rolou e eu tive a melhor noite da minha vida, pela primeira vez
sentir prazer de verdade, mas doía profundamente sempre que ele me chamava pelo
nome artístico. Ele se abriu comigo, falou sobre a sua vida, mas eu... Nem meu
nome de verdade o posso dizer.
- Sinto muito... – sorrio para
ela para tenta reconforta-la, mas ela apenas suspira e se levanta.
- Eu vou tomar um banho quente e
acho... Tenho umas coisas para fazer da faculdade, e depois acho que vou descansar...
Tem algo que queria me contar também?
- Hm... Não, nada de muito
importante. – digo virando meu rosto e voltando minha atenção para o filme que
passava a qual nem me lembrava qual era, em nenhum momento prestei atenção. –
Depois conversamos.
Tem certeza?
- Tenho sim Em, pode ir
descansar.
Ela confirma
com a cabeça para em seguida ir em direção aos quartos, eu me encolho no sofá
coberta por uma manta quentinha, estava com sono, mas não conseguia dormir. Simplesmente
não sei o que tem acontecido comigo, meus pensamentos estão sempre em Harry e
isso está a me torturar.
Quero o esquecer e encarar isso
entre nós com todo o profissionalismo, mas não consigo. Meu corpo clama pelo
dele, eu poderia dizer que é apenas carnal, mas eu sei que não no momento em
que penso em seus pequenos sorrisos imperceptíveis que me faz sorrir.
Fico pensando se ele pensa em mim, a
probabilidade é mínima e isso me chateia, queria que ele me olhasse com outros
olhos a não ser apenas um corpo que lhe satisfaz. Não faço a mínima ideia de
como posso estar me apaixonando, não sei nada sobre ele a não ser o que
pesquisei no google, ele sempre me diz tão poucas palavras com aquele seu jeito
frio e indiferente, mas mesmo assim ele não deixa a minha mente.
No tempo que eu fiquei na casa
dele passava o dia entediada, ele iria trabalhar e voltava tarde e já ordenando
o que queria e como queria, eu não me incomodava e até ficava feliz em ouvir
sua voz mesmo que impondo ordens, pedindo que eu faça o que sua esposa não faz.
Mas agora, pensando bem, isso dói um pouco, mesmo que eu soubesse
desde o inicio que era apenas isso, sexo
– algo que amo -, no momento, com Harry
Styles, para mim parece ser insuficiente e eu desejo que fosse eu a estar
com ele agora cuidando dele, lhe dando toda a atenção e carinho que deve estar
precisando.
Mas eu nunca vou ser mais de que um corpo o satisfazendo.
Hannah
P.O.V.
Pego minha última
mala e coloco no carro, um longo suspiro sai de mim e eu me viro olhando para a
minha irmã, sorrio instantaneamente para a mesma e me aproximo lhe dando um
longo abraço.
- Obrigada por me ter recebido e
aturado nesses longos dias.
- Você é minha irmã Hannah,
sempre que precisar estarei aqui para você, na verdade, estaremos. – sorrio olhando
para ela com seu marido e sua filha ao lado, uma família perfeita que
provavelmente eu nunca teria.
- Então, dependendo do que Harry me
vai contar, eu posso voltar?
- Pensamentos positivos, sei que
é incapaz de o deixar. – confirmo com um aceno de cabeça, ela estava certa. Não
sou capaz de deixar aquele homem a qual toda a minha vida fui apaixonada.
- Eu amo vocês. – digo abraçando
os três que sorriem para mim. – Tchau pequena, você ainda tem que passar uma
tarde inteirinha comigo lá em casa.
Dou um beijo
em minha sobrinha que sorrir confirmando com a cabeça. Logo em seguida eu já
estou em meu carro dirigindo a caminho do hospital para pegar Harry,
passaram-se dois dias e apenas agora que teve alta, e eu vou voltar para casa
com ele.
Não faço a mínima ideia se estou
preparada para isso, amo-o, amo-o muito, mas seu olhar de pavor sempre que toca
no assunto de nossa conversa me dá medo por ver que ele tem medo de me perder,
ele tem medo de que eu saiba a verdade. Penso se devo realmente saber isso, estávamos
tão bem antes até eu estragar tudo e desconfiar de sua tamanha perfeição
imperfeita.
Sempre lidei
muito bem com nosso relacionamento, seu sempre fiz dar certo, mesmo com seu
temperamento e mudança de humor, em um momento o Harry que me ama e da toda
atenção, que me faz carinhos e sorrir de forma verdadeira e acolhedora, para no
momento seguinte ser o Harry frio, que mal me olha nos olhos, que está sempre
ocupado com o trabalho, e o pior de todos, o ciumento e possessivo.
Meu amor por
ele fez com que isso desse certo, fez com que eu aceitasse e amasse suas
imperfeições, porque apesar disso ele é perfeito para mim. E no fundo, Kylie
não está certa, Harry não é perfeito de forma alguma. Ele não aceita que eu
trabalhe, ele não aceita que tenhamos filhos... ele me priva de tantas coisas,
ele praticamente me priva do mundo. Sei que suas palavras naquele momento me
deixaram insegura, mas agora, eu vejo que já não faz mais sentindo e eu me
sinto idiota por ter colocado uma mulher para o seduzir, mesmo que ele tenha
demonstrado um pouco de interesse nela, ela me disse que nada aconteceu, sei
que não devia ter confiado nela, mas é nele em que eu devo confiar e ele me
jurou que nunca me trairia.
Chego ao
hospital e desço apressada do carro, vou logo entrando e indo até a recepção,
Srª Cross me recebe com atenção e carinho como sempre e diz que Derek me espera
no refeitório do hospital, confirmo com a cabeça e agradeço o recado e sigo com
meu caminho.
Derek provavelmente quer
conversar sobre o caso de Harry, então apresso meus passos e vários pensamentos
surgem em minha mente, será que aconteceu algo com ele? Espero que não.
- Hannah... – ouço sua voz calma
e sinto sua mão em meu ombro que logo me faz com que vire meu corpo em sua
direção, ele está com um sorriso meigo no rosto, como sempre. – Estava a sua
espera.
- Sim, sei disso. O que gostaria?
- Aceita algo? – ele diz
indicando as refeições, eu nego com a cabeça, tinha acabado de almoçar com
minha irmã. – Então, vamos nos sentar.
Nos sentamos em uma das mesas e
ele me olha com atenção enquanto ajeito meu cabelo, pondo uma mexa perdida
atrás da orelha.
- Bem, aqui é o Derek seu amigo,
não o médico, tudo bem? – confirmo brevemente. – Hannah... Tem algo acontecendo
entre você e Harry? Desculpa se isso soa inconveniente de minha parte, mas
venho notando a forma que estão agindo e não é o casal apaixonado que sempre
vi. Você parece com medo de ter de cuidar dele sozinha, e não parece um medo de
ter de cuidar dele, e sim de ficar com ele.
- Er... estamos meio brigados,
dizem que mentiras é a pior coisa que se pode acontecer em um relacionamento
para se manter estável, e eu descobrir que ele tem mentido para mim. – não consigo
o encarar e passo a dar atenção ao esmalte gastos em minhas unhas. – Eu estava
na casa de minha irmã esses dias, e agora vou voltar para nossa casa e cuidar
dele, ele me prometeu que vai me falar toda a verdade, mas eu estou com medo do
que possa ser essa verdade e que rumo nosso relacionamento pode tomar.
- Não fique assim. – ele toma a
minha mão e acaricia, seu ato me faz erguer o rosto e olhar seus intensos olhos
azuis acinzentados. – Vocês são o casal mais apaixonado que vi em toda a minha
vida, não importa o que ele tenha a te contar, eu sei que o amor de vocês
supera... Acho que isso soou meio gay, mas eu não gosto de te ver triste.
- Obrigada Derek... – afasto-me
minha mão de seu toque, Harry não gostaria disse se visse. – Eu espero que
esteja certo, e não foi gay, foi algo adorável a se dizer.
Ele sorrir de forma reconfortante
e se levanta em seguida.
- Então, vamos ver seu marido? Tenho
certeza que ele está ansioso para mim, ele tem me chateado muito para que o der
alta. Ele odeia hospitais, ou odeia-me?
- Acho que os dois. – acabamos por
rir, ele sabe que é verdade, Harry não o suporta e deixa bem obvio isso.
Passamos a
caminhar em direção ao elevador para ir até a sala em que Harry se encontra, Derek
já tinha dado alta e eu ainda teria que assinar uns papeis, mas o farei quando estivéssemos
para sair. Nenhuma palavra mais foi dita, seguimos todo o percurso em silêncio
e não era constrangedor, era até bom que ele não falasse nada porque eu estava
pensando em suas palavras. Porque eu espero que independente do que Harry tenha
a me contar, nosso amor seja forma para aguentar.
Quando entramos
na sala de Harry o mesmo se encontra sentado e impaciente, sua respiração se
encontra pesada ele sério demais com pensamentos longes e expressões ilegíveis,
odeio quando está assim, isso não significa algo bom.
- Odeio quando me fazem esperar
tanto. – são suas palavras assim que seu olhar está em nossa direção.
- Estamos aqui, ok?
- Porque demoraram?
- Nada Harry, não foi nada. –
digo-o me aproximando dele, minha mão repousa em seu ombro e ele relaxa com o
toque e olha para mim. – Está pronto?
- Estou, podemos ir?
- Já está ciente de todos os
cuidados e medicamentos? – Derek me pergunta e confirmo com a cabeça. – ótimo,
lembre-se de sempre trocar os curativos, não são muitos, ele não se machucou
tanto. Volte daqui a uma semana para olharmos esse braço.
- Sim, eu o trago.
- Então, você só precisa assinar
os papeis.
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