Imagine - Niall Horan.

"Devo dizer a ela como eu realmente me sinto?
Ou devo me aproximar ainda mais
Como eu poderia saber?
Porque se eu aproveitar a chance, e tocar a mão dela
Será que tudo muda Como eu sei se ela sente o mesmo?"

- Justin Bieber.

Niall James Horan... O conheci esse ano e viramos melhores amigos, uma vez ou outra nós brigávamos por questões de ciúmes da parte dele, e confesso que minha também. Muitas pessoas vinham me perguntar se estávamos namorando, pelo fato de sermos tão próximos, mas é óbvio que não. O que há entre nós é só amizade. Mas diante a mim esse sentimento estava mudando!

Acabei “perdendo-o” pra minhas amigas, e . Eles conversam como se conhecessem há anos, eu me afastei percebendo que lá não era o meu lugar. Estava prestes a tocar a última aula, e de costume sempre almoçava na casa do Niall, mas pelo visto hoje iria ser diferente.

- Ei Niall, você não quer almoçar aqui com a gente? - disse.
- Pode ser! - Niall deu de ombros.

Ouvir aquilo como foi como se um assassino tivesse cravado uma faca no meu coração dezenas vezes. Mas Niall não precisava saber disso. Aliás, ninguém precisava saber! Arrumei minhas coisas e fui embora pra casa.

[...]

- Chegou filha, como foram as aulas? - minha mãe disse assim que me viu entrar na cozinha
- Normal.
- A mãe do Niall esteve aqui! - ela olhou pra mim enquanto mexia a panela - Perguntou porque você não foi mais lá.
- Niall e eu... não estamos em um "relacionamento" muito bom. Nos afastamos um pouco... - peguei uma maçã na fruteira e a mordi, observando minha mãe cozinhar.
- Ele te fez algum mal? - ela perguntou nervosa.
- O que? Não mãe, o Niall não seria capaz de me fazer algum mal!
- Seja lá o que for, vocês vão se resolver! - ela desligou o fogão.
- Espero...

- Flashback on –

- Ei! Quem é o loirinho de olhos azuis que estava sentado ao seu lado ? - eu perguntei, assim que ela veio até mim.
- Já tá de olho do garoto ? - ela sorriu maliciosamente.
- O que? Claro que não... - dei de ombros - Só acho que se ele é novato, devemos dar as boas-vindas! - eu o observava, olhando pra todos os lados - Olha só pra ele todo confuso.
- Já que você é nossa representante de turma, porque VOCÊ não dá as boas-vindas? - ela me empurrou em direção a ele.
- Hm, tudo bem! - entreguei meus livros a ela e fui falar com ele.

Fui caminhando pelo corredor até chegar onde o garoto estava, não quero que ele pense que sou oferecida ou coisa do tipo, mas eu gosto de ajudar as pessoas. Ele estava de costas com um papel na mão, provavelmente estava procurando sua sala. Ao meio da multidão, vi ele algumas vezes pedindo ajuda a uma pessoa ou outra, mas eles o ignoravam. Bom, tenho que ajuda-lo. Eu toquei em seu ombro, e se virou.

- Oi! - eu sorri.
- Hm, oi!
- Está tudo bem? Você parece meio perdido.
- Na verdade, eu estou! – sorri ao ver a agonia em seu rosto.
- Então, me chamo , representante do 2º ano! - estendi minha mão e ele me cumprimentou - Qual seu nome?
- Niall Horan. - ele sorriu - Mas pode me chamar de Niall!
- Ok, Niall... Sabe onde fica sua sala?
- Eu acho que você vai me ajudar com isso não é? - ele coçou a nuca.
- Vou sim, - eu sorri - por isso estou aqui... deixe-me ver. – peguei o papel de sua mão - É Niall, por sua sorte você está na minha turma!
- Creio que estou com sorte ao pisar nessa escola e conhecer você. - ele corou.
- Então, seja bem-vindo! – sorri tentando passar tranquilidade - Quer ir pra sala agora? Depois fazemos um Tour!
- Por mim tudo bem!

- Flashback off –

Foi assim que eu conheci Niall, nós passávamos horas e horas nos falando pelo telefone, Facebook, Skype e às vezes saíamos a noite! Mas quando nos afastamos passei a chorar quase todas as noites pensando que no dia seguinte ele não iria falar comigo. Às vezes eu penso: “Será que eu sou tão importante pra ele, quanto ele é pra mim?”.

Não posso dizer que tudo o que nós passamos foi falso ou em vão, porque só nós sabemos os momentos que passamos juntos, as risadas, os choros seja lá de alegria ou tristeza, os segredos, os abraços! Fui interrompida do meus devaneios com o meu celular tocando “When you ready come and get it na na na, na na na...” e o visor mostrou quem eu menos esperava. Sim, Niall estava me ligando. Depois que nos afastamos ele me ligava repentinamente, a voz dele é do tipo que faz querer você desabafar, ficar calma, e ter a certeza de que tudo vai ficar bem só de tê-lo alí, próximo a você. E com certeza eu iria chorar. Então resolvi não atender, até porque eu senti que estava sendo tratada como segunda opção, no caso terceira, porque tinha e , as novas amiguinhas dele.

- Flashback on –

- Você tem namorado? Desculpa a pergunta... - Niall me perguntou
- Não, sem problemas. - eu sorri - Não, eu não tenho namorado! E você tem namorada? – ele desceu o olhar ao chão, como se tivesse buscando forças pra dizer.
Droga, pela reação ele tinha namorada.
- Niall, não precisa responder também tá... pela sua reação já notei que você não quer tocar no assunto.
- Não... eu tenho que superar. Eu peguei ela... me traindo com meu melhor amigo. - ele sorriu, sarcástico - Fazia 1 ano e meio que estávamos namorando e do nada ela resolveu colocar um par de cifres na minha cabeça.
- Uau. - fiquei surpresa.
- Mas como assim você não tem namorado? Você é super popular, por onde você passa as pessoas falam com você, e sem falar que você é linda, inteligente, bem humorada e simpática!
- Agradeço pelo comentário. - eu sorri, tímida - Eu ainda não encontrei o cara ideal. - eu dei de ombros.
- Eu sempre digo que estar solteiro não significa que você é fraco, e sim forte o suficiente para encontrar a pessoa certa. - ele disse sério.
- Ótima citação! - eu dei risada.
- Pode usá-la se quiser, juro que não vou cobrar os devidos créditos! - ele piscou pra mim.

[...]

Como sempre atrasada pra ir pra escola, o sinal já havia tocado e só tinha alguns alunos fora da sala apenas esperando o professor chegar. Assim que cheguei no corredor da minha sala vi Niall sendo alvo dos meninos no famoso corredor treme-treme. Os garotos chamavam essa área assim porque qualquer pessoa que passasse por ali, eles ficavam empurrando um para o outro. No começo eu achava engraçado, e entrava na brincadeira às vezes, mas ver Niall sendo jogado de um lado pro outro foi de partir o coração. E o pior de tudo era a sua expressão. Ele pedia pra pararem mas é como se eles não estivessem ouvindo, servia de incentivo para continuarem. Minha mãe tem o costume de dizer que eu sou durona e barraqueira, esse lado eu puxei a ela. Então era hora de pôr isso em prática. Joguei minha bolsa e meus cadernos no chão e puxei Niall.

- Mas que diabos vocês estão fazendo? – Niall me abraçou e começou a chorar - Não escutaram ele pedir pra parar? Se eu ver vocês fazendo isso com ele de novo, eu arranco as bolas de vocês. Me entenderam seus idiotas? – dizendo isso todos foram pra sala.
– Niall? Ei, olha pra mim. Está tudo bem?
- eu quero ir embora. Eu quero ir pra casa! - seu rosto estava vermelho - Me leva pra casa por favor.
- Tudo bem, vamos! – peguei sua mochila que estava no chão e entreguei a ele. O abracei pela cintura fazendo com que ele colocasse o braço no meu ombro – Vamos pra casa!

- Flashback off –

Não estava disposta a encará-los, mas não queria que minha mãe soubesse que iria faltar aula. E tinha um lugar onde eu queria ir. Era o meu lugar, onde dava pra ver a cidade, um prédio empresarial, eu sempre ia lá quando estava triste e não queria falar com ninguém. Só queria pensar.
O prédio está fechado para uso, mas se tem acesso. O telhado é enorme, consegue-se ver outros prédios, casas pequenas mais afastadas, e algumas montanhas bem longe, no horizonte. É calmo e só se sente o vento batendo no seu rosto, é como se levasse todos os problemas embora. E resolvi ir lá agora! Era longe, mas toda caminhada faz valer a pena.

- Escola –

- Ei, ainda não chegou! - falou olhando pra - Tá sabendo de alguma coisa Nialler?
- Eu liguei pra ela agora a tarde, mas deu em caixa postal. Liga pra ela!
- Estou sem credito, liga ai ! - disse .
- Não vai dar, meus créditos acabaram ontem. - respondeu.
- Mais que droga. Eu vou atrás dela!
- Vai faltar aula? - perguntou para Niall.
- É a minha garota! – falou em um tom sentimental.
- Perai, vocês estão... - disse.
- , tá na cara que o Niall gosta dela né. - revirou os olhos - Só você não percebeu isso, tu é lenta hein?! Enfim, você sabe onde ela está Niall?
- Em casa? Bom, depois a gente se fala!

- Narração Niall on –

Eu sei que é cedo pra dizer que estou apaixonado, e não faz muito tempo que estou solteiro. Mas sinto falta de ver a cor dos olhos de com frequência e de ouvir sua voz... sinto falta até do jeito autoritário, sarcástico e irônico de ser.
Com longos passos meu coração acelerava cada vez mais, porque eu estava prestes a fazer a maior burrada da minha vida, ou não. Estou prestes a dizer meus sentimentos por ela não sei se sente o mesmo por mim! Eu posso estar me iludindo. Assim que cheguei em sua casa, toquei a campainha e quem me recebeu foi a mãe dela!

- está? - perguntei
- Olá Niall, entre. - eu entrei e ela me deu um abraço - Ela foi pra escola.
- Eu acabei de vir de lá e ela faltou! A Sra, não sabe pra onde ela foi?
- Não faço a menor ideia, mas quando ela chegou em casa percebi que estava triste e falou que vocês se afastaram... o que houve?
- Desentendimentos. Vou tentar ligar pra ela de novo! – disquei o número dela que sabia de cór e o celular dela tocou, “When you ready come and get it na na na, na na na...” – Pelo visto ela deixou o celular em casa! Mais que droga, eu fui um idiota, deveria ter falado com ela. - passei a mão entre os cabelos, desesperado - Ela nunca sai de casa sem o celular. Então, ela não quer ser incomodada... Já sei onde ela está.
- Tem certeza? - a mãe dela me perguntou.
- Mais ou menos. Mas eu pergunto pra alguém...
- Quer que eu vá com você?
- Não precisa. Eu tenho que fazer isso sozinho.
- Tudo bem. - ela acenou com a cabeça.
- Ah, eu preciso de uma garrafa d'água.

A mãe de me trouxe água e sai correndo atrás da minha menina, dessa vez não vou errar! E por mais incrível que pareça, cheguei em quinze minutos o que levaria meia hora. Mas ainda tinha as escadas, já que o prédio estava fechado. Droga!

- ! – gritei – ! – ela estava sentada numa cadeira de praia olhando o horizonte.
- Niall? - ela levantou-se da cadeira - O que você tá fazendo aqui?
- Consertar a burrada que eu fiz! - peguei suas mãos.
- Não acha que é um pouco tarde demais pra isso? - ela puxou as suas mãos das minhas - Por que você não vai falar com as suas novas amiguinhas? - ela cruzou os braços, eu amava ver ela assumindo pose de garota marrenta.
- Nunca é tarde demais. Me perdoe. Eu as deixei pra vir atrás de você!!!
- Por que? - ela espreitou os olhos.
- Porque elas não são você. - tomei suas mãos de novo - Elas não tem o brilho no olhar quando planejam o futuro, ou o jeito que você mexe no cabelo e sorri feito boba olhando pro chão quando algum garoto te encara ou quando dizem algo que te deixa sem graça. Estou apaixonado por você . E talvez esteja sendo idiota ao te contar isso porque eu nem sei se você sente o mesmo... - eu ergui os ombros e os baixei - Mas não importa o que você diga, meus sentimentos por você não irão mudar! Eu estou apaixonado pela garota mais tímida e ousada do mundo, ela tem o sorriso mais belo desse planeta, e ela só sabe disso agora porque eu estou contando. Quero ficar com você e partilhar os momentos bons e ruins do dia a dia. Durante todo esse tempo, você me ensinou a ser honesto com todo mundo, mas só tem pra uma pessoa que eu venho mentindo, pra mim mesmo. Essa é a maior mentira. Você consegue sentir isso?
- Eu também estaria mentindo se dissesse que não sinto o mesmo. - ela disse olhando nos meus olhos - Você é o garoto o qual eu conheço que tem os olhos mais lindos do mundo. Eu amo a sua voz, ela me acalma de um jeito inexplicável. Você é o único garoto que me manda mensagem de madrugada e liga pra mim quando eu não consigo dormir. Eu...
- Você o que? – eu apertei suas mãos – Por favor, me diga. - cheguei mais perto dela.
- Eu estou apaixonada por você! – ela sorriu. Confesso que estava mostrando um sorriso mais bobo do mundo.
- "Should I tell her, how I really feel, or should I moving closer just be still..." – era a música que eu ouvia tentando decifrar o que eu deveria fazer.
- "How would I know?" – ela sorriu – Bobo. - ela bateu de leve no meu ombro.
- "Cause if I take a chance, and I touch her hand, will everything change? How do I know if she feels the same?" Você conhece essa música? – coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.
- Sim. Eu acho que nos filmes... quando o mocinho declara seu amor pela amada, ele a beija!
- Eu acho que isso foi uma indireta, mas tudo bem. – então e a beijei, e senti que seria o primeiro de muitos.