Imagine - Zayn Malik parte 2

"Porque eu não quero perder você agora
Estou olhando bem para a minha outra metade
O vazio que se instalou em meu coração 

É um espaço que agora você guarda"

- Justin Timberlake

 Parte 1

Narrado por Zayn

E lá estava a garota que persistia em ficar nos meus pensamentos, . Tudo nela era perfeito, mesmo tendo seus defeitos... isso a tornava especial.

- Flashback On –

- Então porque você não pegou o telefone dela Zayn? – Liam revirou os olhos – Estou cansado de te ver no mundo da lua pensando nessa garota. Você tem que andar mais com o Harry.
- Eu não quis parecer inconveniente. E além do mais, ela estava atrasada e não pareceu muito interessada em mim – eu disse decepcionado.
Mal sabia Zayn, que ele era o motivo de estar estar fora de controle.
- O que você achou dela? – Liam, perguntou interessado no assunto, já que nunca me viu nessa situação.
- Ela é... – eu sorri, ao pensar nela – Wow... hum, eu não sei Liam. – passei a mão entre os cabelos, angustiado – Mas, ela mexe comigo! Eu fico nervoso, meu coração acelera, minhas mãos ficam suando. Quando eu a conheci foi inesperado. Eu derramei o café dela e ofereci outro, mas ela não quis. Se fosse outra garota teria se jogado pra cima de mim... – sem querer me gabar.
- Você acha que vai vê-la novamente? – ele me perguntou.
- Se o destino conspirar a nosso favor... – suspirei – creio que sim. Cara, eu quero vê-la de novo. – sorri animado ao pensar em nela.
- Você está afim dela Zayn? – Liam, perguntou sorrindo ao ver o brilho nos meus olhos quando me via falar sobre . A garota que dominava meus pensamentos – E se ela tiver namorado?

Nesse momento endureci, pois eu sabia que isso poderia acontecer. Afinal, é uma garota extrovertida, bonita e inteligente... entre outras qualidades a mais que estão incluídas no pacote que faz ela ser o tipo de qualquer garoto. Mas ao ouvir essa pergunta, desistir não se passou pela minha cabeça.

- Pelo menos eu vou ficar feliz em saber que somos pelos menos amigos. O Niall sempre fala: "E dai cara, no futebol existe goleiro, e nem por isso é impossível de se fazer gol". – eu sorri, confiante e inseguro ao mesmo tempo.
- Bom, você que sabe! Mas só pra avisar, não existe só ela no mundo ok Zayn? – Liam colocou uma de suas mãos no meu ombro e deu leves batidas antes de se levantar do sofá e me deixar sozinho na sala, mergulhado em pensamentos.

- Flashback Off –

Oh, pobre Liam. Ele mal sabia que eu já estava viciado em . Obcecado em seu sorriso, o jeito de olhar para as pessoas ou coisas ao vê-la sentada a metros de distância de mim, a sua voz e a maneira de agir. Por mais que o nosso encontro não tenha durado nem dez minutos, já foi o suficiente pra que eu ficasse viciado.

Pois é, o amor é uma droga. Uma droga que pode ser substituída por todas essas substâncias maléficas que existem no mundo, que ambos tem o mesmo efeito, prazer. Oito segundos, é necessário para ficar viciado na droga propriamente dita. Já eu, foi necessário olhar nos olhos de que fiquei sedento por ela.

E a indecisão tomava conta de mim, não sabia se ia em direção dela ou ficava mofando naquele balcão só observando ler seu livro. O que meu coração diz? "Anda cara, vai lá. Ela está te esperando. Vai ficar ai que nem um idiota vendo ela ir embora?". E minha mente? Ah, "Você vai se estrepar cara... fica ai tomando seu café que é melhor. Ela é só mais uma!".

A mente foi deixada de lado, e o coração prevaleceu. Caminhei lentamente em direção a ela, quando ela percebeu que eu estava andando até ela, abaixou a cabeça e voltou a ler o livro.

- ? – perguntei nervoso já encostado na mesa que ela estava sentada.
- Oi... – ela deu um sorriso gentil.
- Lembra de mim? O garoto que derramou seu café. – eu nunca estive não nervoso.
- Hum... – ela me olhou nos olhos pensativa – É claro que eu me lembro de você. Zayn, o seu nome não é? – ufa, ela se lembra de mim. Isso é um bom sinal.
- Sim. – eu estava sorrindo por saber que ela ainda se lembrava de mim, e ainda estar de pé perto dela, tão próximo fisicamente, me deixava arrepiado.
- Como eu poderia esquecer o garoto que derramou meu café... – ela sorriu.
- Então, você só se lembra de mim porque eu derramei seu café? – fiquei um pouco decepcionado.
- Não, mas eu acho mais engraçado lembrar de você pelo fato de ter derramado meu café. Pode parecer estranho, mas caso eu não lembrasse que você por esse fato, eu lembraria dos seus olhos.
- Ok. – eu cocei a nuca, envergonhado e nervoso – Eu posso sentar? – maldita insegurança que estava sentindo. Você consegue, Zayn... é só uma garota. Amizade, pense na amizade primeiro.
- Claro, pode sentar... desculpa te deixar plantado ai. – ela sorriu envergonhada, e se postou ereta no banco em que estava.
- Sem problemas. Está sendo interessante? – perguntei apontando pro livro.
- Muito! É um ótimo companheiro. – ela olhou pro livro, fechando-o.
- Sobre o que se trata? – eu realmente estava curioso. Não é sempre que se encontra uma garota lendo um livro numa cafeteria em um dia frio.
- O livro traz em comum a pobreza, a vida insalubre, uma vaga revolta contra o mundo hostil, a liberdade que encontra nas ruas, a lealdade grupal e uma certa maturidade prematura que, contudo, cede lugar a rasgos de deslumbramento infantil ou à falta de uma mãe. A distinção dos garotos se dá na forma com que cada um deles lida com essa situação comum: Gato liga-se às prostitutas; Volta-Seca sonha com o cangaço; Sem-Pernas torna-se sarcástico e cruel; Pirulito busca a religiosidade; Professor busca os livros, planejava as estratégias; Pedro Bala arquiteta planos de roubos. – ela disse olhando no fundo dos meus olhos, e rapidamente olhou pro livro com as bochechas levemente coradas.
- Você não gosta de livros com histórias românticas? – arqueei a sobrancelha.
- Não. Eu acho... clichê! Quer dizer não sei. – riu e deu de ombros – Depende da história, ai sim eu posso até ler, mas se for daquelas que te fazem chorar feito uma criança, não. E você gosta de ler?
- Gosto de histórias em quadrinhos, isso conta? – eu ri. – Prefiro filme! - disse sincero.
- Ok, Zayn. Qual o seu filme favorito? – perguntou.
- Scarface... e o seu?
- Bom, eu tem três filmes favoritos. Paranoia, Fora de Rumo.. e um que não tem nada a ver com o gênero.. O Melhor amigo da Noiva.
- Você prefere filme de terror?
- Sim! Mas morro de medo se eu assistir sozinha, eu sou muito estranha com essas coisas. Eu fico imaginando coisas... então, evito um pouco. Mas quando estou enjoada das comédias românticas, eu assisto. Eu vou pedir um lanche, você quer alguma coisa? – oh, mal sabia que era linda, perfeita pra mim! – Zayn, acorda. Vai querer algo? – ela falou estalando os dedos perto do meu rosto.
- Ah, não. Agradeço. – balancei a cabeça lentamente.
- Você vai ficar me vendo comer? – perguntou insatisfeita com a minha decisão.
- Arg, tá bom... – revirei os olhos derrotado – Eu vou pedir! Mas eu pago a conta para me redimir pela vergonha que eu fiz você passar. – falei tocando em sua mão, ela desceu o olhar até elas e retirou levemente sua mão sob a minha.
- Zayn, você sabe que não precisa fazer isso. – disse envergonhada.
- É claro que precisa... Então, eu vou querer um x-tudo com um milkshake. – eu disse já para o garçom que estava ao meu lado – E você ? Uma salada e água?
- O que te faz pensar que eu vou pedir uma salada e água? Só por que eu sou magra? – perguntou ironicamente – Bom eu vou querer... um x-burguer, uma fatia de torta de chocolate, por favor. E ah, uma coca. Obrigada. – eu olhei espantado, ela come isso tudo ou está querendo me impressionar? – O que foi?
- Hum, nada... você aguenta comer isso tudo? – eu ainda estava espantado ou surpreso.
- Sim, espera só até você me ver comendo pizza ou lasanha... – ela disse sorrindo olhando o cardápio – Droga, eu deveria ter pedido sorvete... – fechou os olhos e os abriu rapidamente.
- Então a gente vai se ver de novo? - sorri automaticamente.
- Como assim? – ela estreitou os olhos.
- Você disse: "espera só até você me ver comendo pizza ou lasanha...", eu entendi errado ou a gente pode se ver outro dia? – eu estava tão nervoso e inseguro que neste momento eu pensei em ela dizer não.
- Você que sabe. – disse firme e sorriu olhando pra mim.

Eu precisava fazer uma pergunta que não queria. Na verdade eu tinha medo ouvir a resposta...