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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Imagine - Zayn Malik (parte final)

"Se você está fingindo assim, desde o começo
Com o coração apertado, então o meu beijo
Pode consertar o seu coração partido"
- One Direction
(Narrado por Zayn)
Leia aqui a parte 1
Leia aqui a parte 2


Era como se só existisse nós dois naquela cafeteria. Eu conseguia ouvir as batidas aceleradas do meu acelerado coração. Só o coração.

- Então... você tem namorado? – perguntei com a voz falha
- Hum... – ela olhou pra mim e rapidamente para o meu lado. Sua expressão não foi uma das melhores. Espanto. – O que você tá fazendo aqui? – ela elevou o som da voz, nervosa.
- Eu preciso falar com você – seja lá o que esse garoto fez... não poderia ser perdoado. Dava para perceber isso pelo tom de voz que falou.
- Eu não tenho nada pra falar com você ... – disse fria.
E eu? Estava ali parado, olhando toda essa encenação. Eu não sabia o que fazer, não sabia se eu ia embora ou ajudava.
– Vai embora.
- Amor, me desculpa pelo o que eu fiz... Eu prometo que não vai acontecer de novo. – é isso mesmo que eu ouvi, ele a chamou de amor? Ele é namorado dela? Ou ex-namorado?
- Amor? – ela sorriu, sarcástica – Você não tem o direito de me chamar assim... , vai embora. – ela falou num tom autoritário – Como você sabe que eu estaria aqui? - ela perguntou, surpresa.
- Eu sei que você gosta de vir aqui em dias frio... - o garoto disse, seguro. Ele tentou se aproximar dela, mas se afastou.
- ... eu tenho que ir embora. Desculpa, a gente se vê outro dia. – eu disse, já pegando minha carteira a fim de pagar a conta, mas fui interrompido pelo seu namorado ou ex.
- O que você pensa que está fazendo? – ele falou segurando meu pulso, me impedindo de deixar o dinheiro sobre a mesa.
- Eu estou pagando a conta... - eu disse sério, encarando-o.
- Zayn, você não precisa ir embora. Você fica, já está de saída. - falou rude e olhou pra ele.
- Eu estou atrapalhando vocês... me desculpa. – eu disse triste – Depois a gente se fala. – deixei o dinheiro em cima da mesa, depositei um beijo em sua testa e pude ouvir meu nome sair de sua boca como um sussurro.

E lá estava eu desnorteado, numa rua vazia. Só pude sentir o vento gélido bater em meu rosto e ouvir os meus próprios passos sobre o asfalto. E uma pergunta pairou pela minha mente. Ela tem ou não namorado? "Amor, me desculpa pelo o que eu fiz... eu prometo que não vai acontecer de novo...", "Amor? Você não tem o direito que me chamar assim...". Isso tudo se passava em minha mente como um flashback.

Casa, era tudo o que eu queria agora. Meu pequeno e simples refúgio chamado quarto.
Só faltava poucas ruas, e logo estaria em casa.

Peguei as chaves que estavam no bolso da calça jeans e destranquei a porta fechando-a em seguida. Os meninos estavam na sala conversando. Tinha um lugar que eu deixava uma chave reserva, caso eles quisessem vir aqui, já teriam uma chave extra.

- Ei, Zayn... onde você estava? – Liam, se levantou do sofá e veio em minha direção. Balancei a cabeça mostrando que não estava com cabeça pra conversar e subi para o meu quarto. Irritado. Decepcionado. Triste. E sozinho. – Zayn? – Liam gritou.
- O que ele tem? – Harry, perguntou curioso.
- Não sei. Mas, vou descobrir isso agora.

[...]

- Zayn, abre essa porta. O que aconteceu? – batendo na porta, disse Liam.
- Vai embora! - gritei, já dentro do quarto.
- Zayn, você sabe que eu não vou sair daqui até você me dizer o que está acontecendo. – Liam persistiu.

Minutos depois foi possível ouvir o som das chaves dançando do outro lado do cômodo. Abri a porta e Liam caminhou em minha direção. Sentei-me na cama e coloquei as mãos na cabeça, como se fosse aliviar a dor que estava sentindo naquele momento.

- O que aconteceu Zayn? Pelo amor de Deus, eu não suporto ver você de jeito... – ele disse olhando para mim.
- Ela tem namorado. – eu disse mais pra mim mesmo, do que pra ele.

Me levantei da cama, indo em direção a cômoda e a chutei com toda força, tentando domar a raiva que eu sentia dentro de mim.

ELA TEM NAMORADO. – eu gritei, fazendo com que todos naquela casa escutassem o que estava acontecendo no andar acima - ELA TEM NAMORADO, LIAM. – gritei mais uma vez, derrubando o abajur que estava sobre a mesa que estava ao lado da cama.
- Zayn, pare com isso. Olha só pra você, andando feito um louco e destruindo as coisas. Você sabe que isso poderia acontecer! – ele tentou se aproximar de mim mas foi em vão, eu recuava. Liam tentou segurar meu seu braço, mas eu esquivava da direção que ele estava vindo.
- EU GOSTO DELA. VOCÊ SABE DISSO! – eu gritei.
- Sim, eu sei Zayn. E devo imaginar o que você está sentindo. – Liam disse calmo.
- Liam, eu quero ficar sozinho. - caminhei em direção a mesa, recusando-me a olhá-lo.

Eu não queria que ele sentisse dó de mim.

Peguei uma folha que estava rabiscada e a olhei fixamente como se fosse um quadro pintado por um artista famoso que fazia sentido pra mim. Como se eu entendesse o que o artista estava sentindo. Afinal, eu sabia. Porque o artista daquela obra era, eu.

- Eu não vou deixar você aqui sozinho. Você chutou a cômoda e quebrou o abajur enquanto eu estou aqui, imagina sozinho? - ele disse nervoso - Quem me garante que eu não vou te encontrar morto aqui?
- E não estou? – eu disse sem demonstrar emoção. – Liam, por favor. – implorei.
- Tudo bem, Zayn... – ele se rendeu – Você sabe que isso vai passar. – ele caminhou em direção a porta e foi embora.

Ouvi o som da porta bater atrás de mim e tudo o que eu fiz foi desabar. Me joguei na cama e deixei as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Tenho sentimentos, certo? Todos têm.

[...]


- Você deveria tentar de novo Liam – Harry disse, nervoso.

*Ding Don* - som da campainha –


- Não Harry. Eu não vou falar com ele de novo. – Liam se levantou do sofá – Ele quer ficar sozinho, respeitem isso. – e andou em direção a porta – Vocês chamaram alguém?
- Não. – Niall deu de ombros, olhando para Harry e Louis que estavam na sala.
- Oi, posso ajudar? – Liam disse sorrindo ao ver uma bela garota que estava a soleira da porta.
- Sim. O Zayn mora aqui? – a garota perguntou nervosa.
- Sim... Mas não sei se ele está disponível pra visitas agora. Ele... está passando por uma situação nada agradável. – Liam disse, desanimado.
- Acho que foi minha culpa. Eu preciso falar com ele, é urgente. – Liam pensou um pouco.
- Tudo bem. – sendo um mero cavalheiro, Liam lhe deu passagem para que pudesse entrar na casa do amigo – Hm, qual seu nome? – perguntou curioso.
- , o seu? – ela disse e estendeu a mão para cumprimentá-lo.
- Liam, sou amigo do Zayn. De onde você e ele se conhecem?
- Foi meio que por acaso, ele derramou meu café ao esbarrar em mim. - sorriu ao recordar.
- Então, você é a garota que ele derramou o café... – Liam disse, pensativo.
- É, sou eu. – disse com vergonha.
- Ai Liam, quem é a garota? – Louis perguntou sorrindo.
- É amiga do Zayn, ! – a garota acenou para os garotos que estavam na sala e sorriu. – Esses são Harry, Louis e Niall. – ele apontou para cada um.
- Espere ai, ela não é a garota que o Zayn está afim? – perguntou Niall, inocentemente olhando pros amigos enquanto Liam o fuzilava com os olhos.
- Então, ... Ele está no quarto. É a segunda porta a esquerda. É só subir as escadas. – Liam foi andando até as escadas guiando a garota.

Esperou ela desaparecer de sua vista, e disse:
– E você, – apontou para Niall – deveria ter ficado calado não?
- Me desculpa, eu não sabia que era ela... Vocês sempre me deixam por fora dos assuntos. – Niall disse arrependido e Louis bateu em seu braço.
- O que ela está fazendo aqui? – Harry perguntou para Liam.
- Ela quer falar com o Zayn, ela disse que era urgente, então deixei ela entrar. – ele ergueu os ombros, e os baixou.
- Afinal, o que Zayn te disse quando vocês estavam lá em cima? Escutamos os gritos dele e uns barulhos estranhos. – Louis disse pegando o controle da TV ligando-a em seguida.
- Ele está afim dela. Mas pelo que me disse, ela tem namorado. E ele extrapolou de vez. Chutou a cômoda e quebrou o abajur. Está uma bagunça lá em cima.

[...]


*Toc Toc* - alguém bate na porta -


- Vai embora Liam. Já disse que quero ficar sozinho! – eu peguei um sapato que estava largado no chão e joguei fazendo com que batesse na porta. Mas foi em vão.
Ouvi alguém bater mais uma vez, bufei.
– Mas, que droga! – falei caminhando em direção a porta – Mas o que diab... – assim que abri a porta, lá estava ela de cabeça baixa. – O que você está fazendo aqui? Como você sabe onde eu moro? – ela levantou a cabeça e dei passagem para que ela entrasse no quarto.
- Eu vim te pedir desculpas, pelo o que você viu na cafeteria.
- Desculpa a bagunça! – ela olhou ao redor e virou-se para mim.
- Eu te devo explicações. – eu balancei a cabeça, negando.
- Não, você não precisa me explicar nada. – eu disse indo em direção a mesa que fica ao lado da minha cama e ela me seguiu.
- Eu te segui minutos depois que você saiu da cafeteria, mas não sabia se deveria falar com você ou não. – ela disse nervosa.
- Então por que está aqui? - eu disse olhando nos olhos dela.
- Porque é o que meu coração quer! – ela deu um passo adiante, mas eu recuei.
- E o seu... namorado? – eu encarei o chão.
- Se eu te conhecesse bem, diria que está com ciúmes. – ela sorriu.
- E se eu estivesse? – eu disse sem graça, ainda encarando o chão.
- Então, seu amigo loirinho que está lá embaixo estaria certo. – ela cruzou os braços e sorriu.
- O Niall? Como assim ele estaria certo? Ele falou alguma coisa? – eu vou matar aquele irlândes.
- Sim, ele disse que você gosta de mim. – eu baixei a cabeça e fitei o chão mais uma vez – Zayn, é verdade?
Ela deu um passo adiante e permaneci parado. Ela ergueu seu braço fazendo com que sua mão tocasse meu queixo, e com tal ato, levantei meu rosto para olhá-la.
– Zayn, é verdade? – eu suspirei derrotado.

Olhos são hipnotizantes, que tem o poder de esconder e mostrar algo ao mesmo tempo. Boca, que tem o poder de alucinar alguém quando está entreaberta.

- Sim, é verdade. – eu tentei abaixar minha cabeça, mas ela me impediu.

Ela deslizou sua mão macia para minha bochecha, acariciando-a em seguida. Fechei os olhos e me deleitei nessa carícia, deixei meu rosto em suas mãos e lentamente abri meus olhos. Coloquei minha mão sobre a dela e a tirei do meu rosto entrelaçando nossos dedos. olhou para as nossas mãos juntas e sorriu quando olhou pra mim.
Com uma de minhas mãos livres, coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e lentamente desci minha mão para o pescoço, em seguida para a nuca. Dei mais um passo à frente, para que ficássemos mais próximos.

Visão e tato eram os únicos sentidos que tínhamos até o momento. Apenas poucos centímetros e adicionaríamos outro sentido. Paladar. No caso, beijo. Quatro centímetros, dois centímetros e meio, um centímetro, e finalmente estávamos com nossas bocas conectadas. Felicidade, corações acelerados, aquele friozinho na barriga estava presente. Isso é o que se sente quando se está apaixonado. 

E lá estávamos nós, na mais pura e perfeita sintonia. Sentindo a mesma coisa, demonstrando a mesma coisa. Amor, queríamos estar junto. Encerramos o beijo com pequenos selinhos, ela sorria enquanto eu encostei minha testa na sua. Fechei os olhos e esperei minha respiração se normalizar.

- A propósito, – ela passou o dedo polegar sobre meu lábio inferior, acariciando-o – eu não tenho namorado.
Eu abri os olhos lentamente e sorri, a abracei colocando meu rosto na curvatura do seu pescoço sentindo o doce aroma de seu perfume.
– Hm, então este é o seu quarto! – ela disse olhando ao redor após eu tê-la soltado do abraço. parou o olhar em uns papéis que estavam sobre a mesa e pegou um deles. - Foi você quem desenhou? – ela perguntou olhando pra mim.
- Sim, quando eu não tenho nada pra fazer gosto de desenhar. – eu sorri.
- Caramba, você é muito bom. – ela pegou outro desenho e olhou pra mim. – Ok, este me parece familiar. – eu peguei um espelho e a entreguei. pegou o espelho, se olhou e depois observou o desenho, depois olhou para o seu reflexo de novo. – Zayn, são... são meus olhos. – ela disse surpresa
- Esse é o meu favorito, são misteriosos. – sorri olhando pro desenho e depois pra ela.
- Uau, são incríveis Zayn! - disse olhando para os outros desenhos que estavam em cima da mesa e pegou mais um.
Ela observou cada traço rabiscado naquela folha. Eu a abracei por trás pela sua cintura e ela sorriu.
- Esta...
- É você. – eu disse ao ver os olhos marcantes no desenho, o cabelo levemente ondulado e o leve sorriso que esbanjava no papel.

Ela se virou, olhou pra mim sorrindo e me beijou.
E lá estávamos nós de novo. Juntos. Como um só.

FIM.

4 comentários:

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